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OS PORTUGUESES ESTÃO A LER MAIS E ISSO DEVE-SE AOS JOVENS



Menos de dois terços dos portugueses compraram livros no último ano, indica um novo estudo, mas os números estão a subir, principalmente por conta dos jovens, que continuam a impulsionar o setor. Apesar dos indicadores positivos, Portugal mantém-se como o país que menos lê na Europa — ainda assim, os dados permitem “esperança no futuro”, acredita a APEL.


Os números divulgados pela APEL indicam que 62% dos inquiridos compraram livros no último ano — o que corresponde a menos de dois terços dos portugueses. Destes, 70% afirmaram que compraram o mesmo total ou mais livros do que no ano anterior, revelando uma ligeira mudança de hábitos dos portugueses em relação à literatura nos últimos anos: o Inquérito às Práticas Culturais, realizado em 2020 pelo Instituto de Ciências Sociais, indicava que 61% dos portugueses não tinham lido qualquer livro nesse último ano.


Os jovens são quem está a impulsionar o setor. Os inquiridos entre os 15 e os 34 anos dizem continuar a ter o hábito de comprar livros, sendo quem mais comprou no último ano (28% do total). Em 2022, as compras por esta camada subiram 44% face ao período pré-pandemia.



As comunidades de leitores que foram surgindo em redes como o Instagram ou o TikTok foram alavancando o setor. “Talvez se chegue agora aos livros de forma diferente, por exemplo através das redes sociais, mas a verdade é que a compra, leitura e partilha de livros é agora muito comum entre os jovens, o que é extremamente positivo para o futuro da leitura”, diz o presidente da APEL, Pedro Sobral, sobre esta tendência, citado em comunicado.


Para impulsionar estes números, estão a ser pensadas iniciativas como o cheque-livro, plano de consolidação dos hábitos de leitura desenvolvido pelo ministério da Cultura em conjunto com a APEL.


O Governo quer para pôr os mais novos a ler, ao dar a cada jovem que tenha 18 anos feitos em 2023 a “experiência” de “escolher e comprar” pelo menos um livro (o valor final está ainda por revelar). Há também múltiplos projetos a serem levados a cabo por leitores e criadores de conteúdo na internet, de forma a divulgar o que se publica em Portugal.


O presidente da APEL refere mesmo, em comunicado, que Portugal mantém-se, apesar de todos os indicadores positivos, o “país com os índices de leitura mais baixos da Europa”. No entanto, Pedro Sobral deposita esperança nos indicadores em subida: “estes números trazem-nos esperança no futuro, fazem-nos acreditar que é possível mudar hábitos para as gerações futuras”, diz, referindo que “o aumento da leitura deve ser transversal a todo o país, independentemente da classe económica ou da região do país, por isso democratizar o acesso ao livro deve ser um imperativo nacional”.



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